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NOTICIAS

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24 de Abril 2021

 

PACIÊNCIA – A CIÊNCIA DA PAZ

Estamos vivendo um momento daqueles que testam a nossa paciência. E nos perguntamos: quando tudo isto vai passar? Já fizemos quarentena, revimos todas as questões da casa, arrumamos os armários, ligamos para todas as pessoas que não víamos há muito tempo… bordamos, pintamos, dançamos e até tentamos fazer yoga em casa. O tempo passou, e passou, e passou, e parece que não passa! E haja paciência!

Estamos sendo testados em nossas entranhas, os limites todos já chegaram ao topo. Até quando mais teremos que esperar? Não sabemos! Como há de ser este novo normal? Não sabemos! Sabemos que será diferente, que tão cedo o mundo não voltará a ser como era antes, talvez nunca mais seja como era antes…

Mas, será que antes era bom? A pandemia trouxe de fato mudanças para nós? Vemos cenas do passado se repetir e se repetir, corrupção, absurdos políticos, injustiças sociais, que aliás GRITARAM nesta pandemia. Nunca ficou tão evidente para todos nós as diferenças sociais.

Então, vem a Espiritualidade nos dizer: CALMA! Isso tudo vai passar! E enquanto isso precisamos estar em paz! Mais que estar em paz, precisamos desenvolver a ciência da paz. A capacidade de esperar com paz de espírito de verdade, conectados conosco, conectados com o amor dos nossos familiares, aceitando as circunstâncias que não podemos mudar.

A paz que vem de dentro, imperturbável, que nos conecta com a fé mais profunda de nossos corações. Sabemos que não é fácil. Sabemos que não será da noite para o dia que conseguiremos, mas sabemos que este é um excelente momento para estudarmos como aprender esta tal ciência-da-paz! Esta paciência mais profunda e íntima, que pode nos dar tranquilidade, mesmo em meio ao caos.

Nosso Pai Oxalá nos conecta com sua vibração de paz e nos lembra que estamos todos acalentados pelas asas de seu amor. Vamos amar e esperar, unidos em nossa fé, acalentados pelos nossos Guias e Orixás.

O tempo tem passado e todos estamos com saudade das coisas que fazíamos. Nós da Federação Umbandista do Grande ABC, eu Maria, João, Pai Ronaldo, Babá Dirce, Marco, Taís e todos os colaboradores estamos todos com muita saudade de todos vocês, mas acreditem: isto tudo vai passar. Mantenhamos a paz de espírito e a esperança, pois tenho certeza: dias melhores estão por vir!

Com carinho,

Maria Aparecida Linares

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24 de Abril 2021

 

VIDAS NEGRAS IMPORTAM

 

Demorou 132 anos para que sociedades de todos os países enfim gritassem a plenos pulmões: VIDAS NEGRAS IMPORTAM!!!

Não bastou arrancá-los de sua pátria; afastá-los de suas famílias; tirar-lhes a liberdade; trata-los pior do que aos animais; chegou-se a conclusão de que não eram mais necessários e então… nada de desculpas, nada de remorsos, nenhum interesse, nenhum apreço. Simplesmente lançados à margem da sociedade, deixados à sua própria sorte e ainda pior, como se fossem inferiores aos seus semelhantes.

 

ATRAVÉS DOS TEMPOS

A sociedade mudou. A ciência e a tecnologia evoluíram. O ser humano fez coisas horríveis e maravilhosas. Mas o conjunto de teorias e crendices sobre os negros por uma grande parte da da população foi uma das poucas coisas que continuou como eram em 1888, vitimando homens, mulheres e crianças, ceifando suas vidas ou fazendo com que sofressem todo tipo de humilhação daqueles que acreditam ser melhores ou superiores.

Isso é o que acreditam os que se dão o direito de discriminar, que se permitem ser intolerantes, quando na realidade são apenas pobres almas. Pobres criaturas acorrentadas aos seus próprios medos e transtornos que, atormentados por sentimentos de inferioridade, encontraram alguém para culpar.

Muitos foram martirizados para que outros pudessem subir mais alguns degraus na escada da igualdade. A luta contra o preconceito no Brasil fez surgir a Lei de nº 7.716 de 05 de janeiro de 1989 tipificando o racismo como crime. Mas de que vale uma Lei quando quem a julga é racista e tem o poder de descaracterizar a situação? Não é fácil ser negro em lugares onde o poder do branco é absoluto. Não importa se são poucos ou muitos, pois o branco é geralmente quem decide.

UM FARDO MAIS DO QUE INJUSTO

Nada mais injusto do que deixar a cargo do oprimido o compromisso de livrar-se sozinho do seu opressor. Incumbir a criança maltratada de livrar-se do agressor; deixar à mulher vítima de violência a responsabilidade de libertar-se do homem violento; deixar a cargo apenas do negro o dever de inibir e aniquilar o racismo. Não! Isso está errado. Jamais desmerecendo sua luta nem tampouco tirando-os do protagonismo, há uma parte da população disposta a acompanha-los em sua luta e nós fazemos parte dela.

Logo após a horrível morte de um americano, choramos por um brasileiro de apenas cinco anos, o Miguel Otávio Santana da Silva, que caiu do 9º andar do prédio que estava porque a primeira-dama Sari Corte Real não pôde perder alguns minutos de seu precioso dia para olhar o filho da sua “empregada” (mãe do pequeno Miguel) após mandá-la passear com seu cachorro.

Nos causa revolta e indignação fatos como estes!

A COMPREENSÃO NECESSÁRIA

Felizmente havia um inconsciente coletivo se formando. Quando a gota d’água que faltava, ou seja, a morte estúpida e inexplicável de George Floyd, fez levantar toda a população, primeiro nos EUA, e rapidamente em outros continentes, assumindo que esta é uma luta de todo ser humano, não existe negro, branco, ou amarelo, somos todos seres humanos de passagem nessa vida terrena, tentando dar o melhor de cada um e muitos têm conseguido.

 

UMA MUDANÇA DE HÁBITOS

Como já mencionei o primeiro passo foi dado, e o segundo? Você sabe o que fazer agora? Após ir às ruas exigindo justiça, após deixar claro a posição de uma sociedade saturada com tanto desequilíbrio social, que tal iniciarmos uma nova etapa de costumes? O que poderá fazer a diferença?

  • Você já fez um balanço se frequenta e divulga lojas que sejam de empresários negros?

  • Você já teve a curiosidade de ler autores negros?

  • As personalidades que você admira, sejam músicos, cientistas, médicos, personalidades das mais diversas áreas, quantos deles são negros?

  • Você já teve o interesse em buscar informações sobre personalidades negras, o que fizeram e por quê?

  • Você já “se pegou” numa roda de amigos, num dia qualquer, e alguém “puxou” o assunto e iniciaram uma conversa sobre racismo, intolerância e discriminação?

Parecem coisas óbvias mas não são. Sair às ruas é importante sim para chamar a atenção de todos e para expor uma situação incorreta. Porém podemos fazer muito mais. A atitude individual de cada um de nós é responsável por uma sociedade mais igualitária.

RACISMO X PANDEMIA? ou RACISMO PÓS PANDEMIA?

Nada é simples, principalmente quando se trata das relações humanas. Estamos em meio a uma terrível pandemia, muitos de nós já se foram, outros em tempo de espera e outros tantos nem sabem que serão os próximos. Enquanto isso, muitos ressurgem das cinzas para continuar suas jornadas, mesmo quando não mais inspiravam esperanças. Alguns acreditam que quando a pandemia passar as pessoas estarão diferentes, mais conscientes e evoluídas. Outros acreditam que tudo retornará ao que era antes porque as pessoas não serão capazes de mudar.

Eu creio que há um propósito para tudo, mas também não consigo deixar de pensar que para algumas pessoas essa experiência não as mudará em nada. Mas sim, o mundo está mudando, muitas pessoas estão finalmente despertando para o que realmente importa. Infelizmente ainda choraremos por mais “Georges Floyds” ou por “Migueis Otávios”, mas o primeiro passo foi dado: a mobilização contra o racismo e por direitos iguais envolvendo uma sociedade farta de abusos, arbitrariedades, cinismos e arrogâncias.

Finalmente, em diferentes idiomas e através de muitos cidadãos, uma única frase ecoa por todo o planeta:

V – I – D – A – S  N – E – G – R – A – S  I – M – P – O – R – T – A – M ! ! !

24 de Abril 2021

 

A DIFÍCIL ARTE DA FÉ EM TEMPOS DE COVID-19

Para ter fé é preciso excluir o “e se?” do vocabulário diário, jamais caminhar sem olhar para trás e para os lados porque, mais do que de ter fé signifique a certeza do objetivo atingido, é também um exercício diário de firmeza e coragem para não se desviar do caminho.

Caminhar com fé não é se jogar num buraco escuro sem saber onde vai dar sem se preocupar com o futuro.  Ao contrário, ter fé é enxergar com olhos espirituais para sempre saber por onde ir, qual caminho escolher e como caminhar.

Ter fé é saber que quando, num momento difícil ou amedrontador, junta-se as mãos em oração, deve-se fechar os olhos e os ouvidos e entregar a alma e o coração a Deus para que Ele possa orientar através de pressentimentos, percepções e sinais.  Quando a entrega é pura e a atenção nas pequenas situações é real, a resposta é clara e objetiva.  A fé traz conforto, paz e respostas.  Quem não fica atento aos detalhes, aos sonhos e as intuições não percebe o poder da fé.

Ao fazer uma promessa a Deus há que se ter em mente o sacrifício pela recompensa.  Não precisa ser um sacrifício doloroso e aflitivo (isso não traz nenhum benefício), mas que seja um esforço real individual, como compromisso com Deus, em sentimento de entrega pelo pedido feito. Essa promessa não deve ser quebrada.  É fato que manter-se firme na fé não é fácil quando tudo parece contrário ao resultado esperado, mas, manter firme uma palavra é uma boa forma de se conseguir êxito.

Sabemos que os bens materiais tem a sua importância para o conforto e a segurança.  Objetos de desejo dão prazer ao serem adquiridos e essas são boas sensações, mas não deve-se deixar que sejam as únicas boas sensações da vida.  A oração e a proximidade com o espiritual trazem paz interior, tranquilidade mental e a sensação de satisfação.  Não despreze as conquistas materiais, nem tampouco as desmereça porque são os brindes pelo qual trabalha-se diariamente, mas, a espiritualidade e a proximidade com o divino será a alegria e o alimento que a alma terá como recordação de uma vida plena.

Ter fé é conviver com Deus e usufruir de sensações que só o amor, através da convivência humana, poderá proporcionar.  Palavras rudes, olhares frios, indelicadezas e impaciência estão nos caminhos dos que se afastam de Deus.  Mas ainda assim, sempre será tempo de regressar e retomar o rumo certo. 

Em tempos de crise como vivemos agora, distantes de pessoas que amamos, privados do convívio social tão necessário e valoroso, impedidos de coisas simples, mas que proporcionam um bem-estar indispensável como caminhar despreocupadamente,  tomar sol, fazer exercícios, passear com os pets, etc. Muitos se desesperam e procuram apoio em caixas de remédios, nas garrafas de bebidas, nos maços de cigarro… E há ainda os que perdem o controle e descontam nos mais próximos.  Outros aproximam-se ainda mais da espiritualidade.  Entregam seus corações e suas mentes às orações e conseguem manter o equilíbrio necessário para suportar, pois sabem que não a mal que nunca acabe.  Períodos iguais a esse já foram vividos em outras épocas e estamos aqui hoje para aprender a superar tudo isso.

Há ainda os desgarrados que, por vários motivos acabaram se esquecendo dos benefícios da oração.  Falta de tempo, vida próspera, dinheiro em abundância, desalento ou revolta são, muitas vezes,  a razão para esse distanciamento.  Porém, quando a dor, a preocupação demasiada, as perdas ou o desespero assola a alma de alguém que tenha algum credo, a fé é o que a resgata das trevas e lhe dá o conforto necessário para continuar sua caminhada.

Portanto, acredito que ter fé é escolher um caminho dentro de si e seguir por ele até alcançar a luz que todos buscam no dia que terminar seu ciclo.  A cada um cabe a busca desse caminho, pois não existe uma única forma de orar, de caminhar ou de crer.  Escolha um caminho e semeie com as flores que mais gostar.  Regue-as constantemente.  Cuide para que floresçam e se multipliquem.  Colha-as e as distribua durante sua caminhada.  Você se espantará com o resultado!

Maria Aparecida Linares

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